A Venezuela assinou nesta terça-feira (31) um acordo com o Brasil para comprar 20 aviões comerciais da Embraer no valor de R$ 1,84 bilhão (900 milhões de dólares), dentro da cerimônia que selará a entrada da Venezuela como sócio pleno do Mercosul.
Os presidentes Hugo Chávez e Dilma Rousseff assistiram à assinatura do acordo, que prevê a entrega, até o final do ano, das primeiras seis aeronaves do tipo E-190 por R$ 552 milhões (270 milhões de dólares).
"O contrato também inclui outras 14 opções de compra do mesmo modelo (...) o valor total do negócio pode alcançar os R$ 1,84 bilhão (900 milhões de dólares) quando todas as opções de compra tiverem sido confirmadas", assinala o documento.
O acordo foi assinado pelos representantes da Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões e maior produtor de aeronaves para voos regionais, e da companhia aérea estatal venezuelana Conviasa. Segundo a Embraer, a primeira das seis aeronaves será entregue no final deste mesmo ano.
A Conviasa pretende utilizar as aeronaves para ampliar as rotas nacionais e regionais perante a necessidade de aumentar a troca com a América Central e o Caribe, segundo o Governo venezuelano.
O E190 é um avião com capacidade para transportar cem passageiros e pertence a uma família de aparelhos com capacidade para entre 70 e 120 passageiros que a empresa brasileira já vendeu a 60 companhias aéreas de 42 países.
O negócio foi anunciado em janeiro passado por Chávez, mas só se concretizou agora porque estava condicionado a um crédito do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Chávez recebeu de presente um modelo em escala do avião E-190.
Cúpula do Mercosul
Chávez chegou nesta terça-feira à sede da presidência brasileira, em Brasília, para uma cúpula extraordinária do Mercosul que selará a entrada de seu país no bloco, depois de seis anos de espera.
Chávez e Dilma se reunirão com seus colegas da Argentina, Cristina Kirchner, e do Uruguai, José Mujica, que aprovaram a entrada da Venezuela depois de suspender o Paraguai, o quarto fundador do bloco, depois da destituição sumária pelo Congresso desse país do ex-presidente Fernando Lugo, em 22 de junho.
O Congresso paraguaio bloqueava a entrada da Venezuela desde 2006, quando havia sido aprovada sua entrada.
Chávez agora se aproxima de uma de suas mais antigas metas geoestratégicas ao se unir ao bloco que representa 75% do PIB de América do Sul, ao lado de Brasil e Argentina, atores poderosos.
FONTE: R7
Fonte: Oficina do Estudante